quarta-feira, 29 de julho de 2015

This is a gambiarra!


A pergunta que mais escutei no prédio desde que Alice nasceu, até quase um ano, foi: "Por que a bebê tá chorando, vizinha?" (Confesso que por vezes fiquei a janela da cozinha fechada - como moro no térreo, todos passam e falam comigo por ela - só pra não ouvir isso).

Algumas coisas começaram nos três meses, tipo as falações e as atividades de braços e pernas que era fofas! Um mexe-mexe da boca que parecia um monólogo de teatro de tanto que mexiam. Era a coisa mais linda. Mas, o choro constante ainda era uma realidade (aliás, é até hoje, com 1 anos e 7 meses), e por isso, eu precisava de planos.





Foi então que começaram as gambiarras. hahahahahaha! O que seriam das mães se não fosse as gambiarras?!

A primeira, e mais importante de todas, foi o amor pela Galinha Pintadinha. Aaaaaah, a Galinha Pintadinha! O que seria de mim sem ela?! hehehehehehe! Comecei a mostrar pra ela porque percebi que ela foi me observando mais e interagindo mais. E com a cadeirinha de descanso, então, foi ótimo. Sem contar o brinquedo que faz o barulho do útero (é, meus filhos, esse é o capitalismo kkkkkk). Tinha pelo menos uma hora pra fazer o almoço e almoçar. Ou tomar um banho sossegada colocando ela no berço com os dvds.

Eu precisava de qualquer arma, todas as armas, pra ter paz e tranquilidade! hehehehehe

Mas ainda não eram suficientes... Eu precisava passar roupa, cuidar da casa, porque aqui a diarista é uma vez por semana. Claro que eu sou relaxada e deixo tudo bem bagunçado. Mas, às vezes, é preciso tomar vergonha na cara. hehehehehe. Enfim...

Também continuava sem dormir, mas pra acalmar-se, começou a chupar o dedo. Era fofo quando ela queria pegar. Como ainda não sabia por rápido, ficava tentando um bom tempo até acertar a boca. hahahahaha! Adorava ver.

Fui descobrindo uns jeitos de fazê-la dormir por mais tempo. Ai descobri que nosso cheiro, nosso edredom, faziam ela dormir por mais tempo. Fazia um ninho do edredon no berço e colocava ela. Ou, colocava num travesseiro e nas laterais colocava algo pra suspender e parecer uma manjedoura. Aquilo era a glória! Dava até pra fazer a unha e ela acordava muito menos irritada. Dormia bem, descansava, e acordava mais espertinha. Claro que, na idade dela, ela já deveria estar dormindo menos. Com isso, eu queria que ela descansasse bem, dormisse bem, pra acordar menos chorona. Quando as técnicas davam certo, era uma beleza...








Mas, quando dava errado, os vizinhos perguntavam... hahahahaha!

A sorte da Alice hahahahahhahaha é que ela é linda e tem a melhor gargalhada do universo!


Beijos,
Gente!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

EntreMães - Petty Ribeiro

Oi, Gente!

Hoje comemoramos 2 meses de blog e estou muito feliz com as mais de 1.500 visualizações aqui e nas mil curtidas na fanpage no facebook. Obrigada!

Para comemorar com estilo, todo mês iremos fazer uma entrevista com mães e futuras mães na coluna ENTREMÃES. A ideia é contar as diferentes formas de família, descobertas das novas vidas e dos desafios e paraísos de ser mães.

Começaremos com a Petty Ribeiro, parintinense, mãe do Bento, junto com o Rodrigo. Ela foi escolhida por não estar no meu círculo comum de encontros constantes e para que o blog não perca as leitoras minhas amigas hahahahahaha! Segue abaixo a entrevista que foi feita pelo inbox do Facebook com muito amor!



Blog: OI, Petty! É um prazer te receber no blog A Mãe e a Fera Bebê para dar início ao quadro EntreMães. Todo mês faremos entrevistas com mães e gestantes sobre como os papais começaram a família, a escolha ou a surpresa da gravidez e como estão hoje. A Petty é uma boa amiga, com quem tenho pouco contato, mas vivi momentos de muito amor, inclusive maternos (lembra que eu te chamei de mãe por um bom tempo, por tudo o que passamos juntas?! Você é demais!) Conte-nos primeiro, de onde tu arranjaste o Rodrigo hahahaha e como decidiram ou como a gravidez chegou pra vocês.


Petty Ribeiro:
Então, conheci Rodrigo na pré-histórica e bacana Feira de Ciências[1] no Ilha Verde, faz tempo... Namoro à distância, proibido e há dez anos unimos os paneiros. Gravidez nunca foi algo muito falado, homens e mulheres tem um tempo distinto. Eu só sabia que queria ser mãe aos trinta, na minha concepção eu já estaria estabilizada financeiramente, teria viajado, mas não o suficiente, enfim, tínhamos outra perspectiva. Para meu conhecimento eu tinha SOP (Síndrome do Ovário Policístico), não é só pensar em engravidar, mas principalmente tratar. Cheguei aos 33 e não engravidei por que não pensávamos nisso. Lembro numa ultra, a médica disse: engravidar, impossível agora, seu ovário parece um choquito. Esse dia eu nunca esqueci, pois foi na mesma noite que tive uma arma na cabeça e meu carro roubado. Esqueci a gravidez, parei com o anticoncepcional, até porque tomaria um remédio mais direto. Vieram as férias, festival, Rodrigo foi trabalhar em maués e foi aí que a coisa mudou, quando fui buscá - lo no início de agosto.
Fiquei cinco dias em Maués, para onde Rodrigo foi com uma bolsa e voltamos com três caixas. Quando chegamos em Manaus, logo na manhã seguinte Rodrigo aos invés de dizer bom dia, disse: tu tá grávida! Como assim!? Eu olhei meu corpo no espelho, não via nada, mas sentia. Foi a primeira que não acordei cinco e meia para correr. Tinha o retorno médico, minha ginecologista passou um medicamento que transformaria o choquito em calda de chocolate. Eu não fiz exame de farmácia, fiquei processando os comentários de Rodrigo. Ela olhou para mim e perguntou: você está grávida!? Eu não sei. Passou o exame de sangue e caso desse positivo que eu rasgasse a receita. Deu positivo, ao contrário do que dizia que eu choraria três dias e três noites quando ficasse grávida eu consegui apenas sorrir e devorar o tambaqui assado a minha frente. Tudo mudou ali. Incrivelmente Rodrigo se tornou pai naquele momento do positivo, começamos a agenda de viagens, mudança, ao invés de correr caminhada, dieta para o bebê crescer, e a meta mais complicado engordar no máximo oito quilos.
Decidimos também que a família só saberia depois de dez semanas e assim foi, era nosso momento, finalmente nosso e seríamos egoístas suficiente para manter o segredo mais nosso. Rodrigo para tornar as coisas mais legais passou no doutorado, eu fui assediada moralmente pelo gestor da minha escola por estar grávida (fica a dica, isso acontece é mais comum do que se pensa, denunciei). Mudei de escola, o mundo virtual só soube da gravidez com vinte semanas.

Blog: Que horror isso do assédio, hein?!
E a gravidez foi tranquila? Como foram as primeiras mexidas na barriga? A gente fica lesinha, né?

Petty Ribeiro:
Logo no início Rodrigo dizia é homem, e eu disse Antônio, ele Bento. Eu o senti mexer nitidamente no natal, deu voltinhas, gravidez mega tranquila.
Blog:
E a opção pelo parto? Você falou que tentou o parto normal. Por que esse método?
Como foi esse dia do nascimento do Bento lindo?

Petty Ribeiro
Quase consegui a meta, nove quilos, enxoval elaborado pela vó Peta, bebê crescia acima da média, continuei trabalhando até a semana que ele nasceu, eu queria parto normal pelo fato de que estaria sozinha após minha irmã e mãe irem embora. Era uma meta de recuperação.
Dia 30 de abril dia de us, Lydia conosco, ele está lá lindo e emburrado, perdi o tampão logo no inicio dessa manhã, do exame eu fui ao salão, vou parir, mas vou menos feia, depois de um tucunaré a escabeche vieram as dores, uma tarde de sono e no início da noite as contrações. Pela primeira vez em 39 semanas liguei para Rodrigo sair mais cedo do trabalho. Lydia contava as contrações.
Nove da noite, Samel. Seis centímetros de dilatação. Vamos lá! Dez e meia, oito centímetros, mecônio e as dores intensas, ele não desceu para o canal. Fomos para a cesárea, minha cabeça estava preparada para isso também. Quando ele nasceu ouvi: meu Deus! Calma mãe, ele é enorme!
Daquele momento só lembro do olhar de Rodrigo e do meu olhar para o Bentinho. Ali algo me dizia que a gravidez tinha sido a parte fácil. Minha cabeça produziu mil teorias durante a gestação, mas Antônio Bento me prova no cotidiano mil experiências jamais relatadas em livro algum.

Blog:
E sem a foto do nascimento, como eu, né?! Hahahahaha!
Como estão sendo esses novos dias? É muito amor a mais todo dia, né?

Petty Ribeiro
Sem a foto do nascimento... E com amor todo dia, novo amor todo dia, pois como bem escreveste dia desses: Sim, eu consigo.

Blog: Own, Petty! Que Deus abençoe ainda mais vocês! Muuuito obrigada por participar e ser a primeira mamãe que eu entrevisto. Deixa um recado para as futuras e novas mamães!
Petty Ribeiro:
Mamães futuras, aproveitem a gravidez, vivam tudo e não gastem no supérfluo, não se usa, saiam, se divirtam, beijem, saiam e saibam que gravidez é 180 graus, depois que nasce é 360 meu Deus é tudo muito louco, tudo novo, cansativo, vamos chorar, mas vamos amar cada momento e aprender no olhar. Obrigada, Laranna, pela oportunidade maravilhosa.




[1] Evento organizado pelo Colégio Nossa Senhora do Carmo com todos os alunos sobre temas diversificados de responsabilidade de cada turma.

sábado, 18 de julho de 2015

O início de uma Fera!

Olha o título! HAHAHAHAHAHA!
Mas, porém, contudo, essa é a verdade!

Os dois meses de vida representaram duas faces de uma menina Alice:

A primeira, dos sorrisinhos, das cartinhas, dos bocejos incontroláveis e demorados, do agitar dos braços e pernas e das primeiras interações com os papais. Era muito gostoso de ver a bichinha se esforçando pra sacudir as pernas e braços. Mexer a boca como se falasse! Era lindo!



E a segunda, aterrorizadora, hehehehehe, foram os constantes e intermináveis choros de cólica, frio, calor, fome, cocô. GENTE, ERA DE DOER NO OUVIDO! Tinhas dias que eu facilmente controlava (e não venham me dizer que era apenas fome porque Alice sempre mamou e dormiu, e ficava quietinha por quase 3h. O problema mesmo era acalmá-la quando ela acordava, geralmente, meia hora antes da próxima mamada).
Às vezes era frio, foi quando eu descobri que depois do banho ela só podia ficar com a cabeça de fora.
Às vezes, era dor, quando ela se espremia, contorcia, e eu fazia compressa morna com a fralda na barriga, e logo se acalmava.
Às vezes, por patetice minha, era minha mão fria, da água que tinha acabado de tomar.
Às vezes, era só fome, colocava no peito e a paz reinava.

E apesar de começar a entender os motivos do choro e choro é a comunicação, então nunca será a mesma coisa (pro azar da mãe), nem todos - até hoje - eu entendo. E era aí que o bicho pegava. Tinha dias que era horas de choro, nada, nem leite, nem colo, nem sacudidas no braço, NADA, N-A-D-A, acalmava Alice.
E é por essas horas que Alice é nossa última filha. hahahahaha! tá doido é?! hahahahahhahaa

A sorte, é que hoje, esse não é um fator t!ao traumatizante, mas ainda assim, é inesquecível. hahahahaha

Escolhi (lembra do que é a escolha na vida da mãe?) que não daria nenhum remédio, exceto paracetamol, depois de muita pesquisa sobre cólicas e choros de bebês. O melhor, sempre foi, o calor da mamãe ou da fralda passada no ferro, deixando-a morninha, para compressa (obviamente por cima de uma roupa), para esquentar a barriga. Quem mais me convenceu de que não há remédio para cólica foi o Dr. Drauzio Varela em seu blog.
Assim, as cólicas e, consequentemente, o choro, advém da continuidade da formação do sistema digestivo e nervoso) do bebê e, por isso, não há um foco específico para a dor. Com a inquietude do bebê, o ideal é verificar se não é a fralda molhada demais, fome, frio, calor e tentar aquecer o bebê (ou barriga com barriga, mãe ou pai e filha, cobertos por um cobertor; ou fazer a compressiva). Caso nada disso resolva, apenas o paracetamol, que age na dor em geral, e não num lugar especifico, como o luftal que ajudam com os gazes. Paracetamol, sempre em último caso, mas usei pelo menos umas 3x no período de 2 a 4 meses, quando as cólicas foram mais fortes. Mas, essa foi a minha escolha, hein?! Até porque, foram poucas as vezes que precisei recorrer. Mas, cace as informações, hoje o google é um super parceiro da mãe, heheheheheheh, mas principalmente blog de mães e médicos, como esse aqui, da Dra. Lucia Bossios.

Agora, fiquem com a Fera!






























PS: Desconsiderem a minha voz infantil pra falar com a Alice! hahahahahaha!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Amamentar ou não: quem é #menasmais?

Oi, gente! Que bom que vocês voltaram. Hehehehehe!



Nessa segunda parte do meu DIREITO DE ESCOLHA, quero falar sobre como foi que eu escolhi e me preparei para amamentar.
Primeiro, por todos os benefícios que ficamos sabendo no pré-natal e em todos os lugares que falam sobre a amamentação. Por exemplo, olha esse vídeo que achei ontem e que é meio caminho andado pra quem ainda tá grávida e tá pensando "meus peitos vão cair, não quero amamentar e/ou não quero amamentar por muito tempo".





Quer trabalho mais perfeito de Deus que esse? É tudo muito bem ordenado. E lindo! Não é lindo?!








Minha única certeza de que a Alice não viveria com gripes, resfriados, febres e etc., seria amamentando. Então, decidi: vou amamentar Alice até dizer chega. Os órgãos da saúde indicam no mínimo até os 6 meses até 2 anos. Nesse tempo, seria bom. Então lá fui eu procurar como, então, me preparar para isso.
Primeiro, durante a gestação, desde o início, fazer massagens durante o banho com água morna, em toda a extensão da mama e no mamilo, pra criar o tal do "bico". Pegar o sol da manhã - como na nossa casa em Parintins tinha quintal, lá estava eu de 8h as 8:30h fazendo top less e agoniada olhando nas árvores se tinha algum curumim trepado me espiando HAHAHAHAHAHAHAHA. Momentos de tensão no Caldeirão esses. HAHAHAHAHAHA!  Esfoliação... às vezes, fazia com mel e açúcar, no banho com açúcar e sabonete líquido, com um esfoliante corporal, e etc. "Disque" a esfoliação ajuda a mama se acostumar com o "trauma" da boca do bebê do início (sabe de nada, inocente! chega nem perto! telésé?! kkkkkk). Pro fim da gestação, eu já era a "louca do mamilo" hahhahaa Ficava toda hora com a mão no peito fazendo massagem pra criar bico. Acho que deu certo!
Os primeiros sinais de que minhas preces e esforços foram ouvidos foi o peito pingando no meu pé.  Tava no banheiro e corri pro quarto pra avisar o Catalão! hehehehehe! O melhor foi a minha cara! 

Tipo:

Eu tava impressionada, sério! Tava com 7 meses! Ainda tava em Parintins, tipo, agosto, setembro... Alice ia nascer em dezembro, então eu, inocentemente, achei que só teria sinais tipo isso no mês do nascimento ou na hora de ela mamar. Sabe de nada! kkkkkkk

Como deram leite artificial quando ela nasceu, Alice nem quis saber de nada. Nasceu 14h, tomou o leite no berçário, veio pro meu lado às 16h e só mamou às 22h, quando eu quebrei o silêncio contra os gazes e soltei um: égua! isso dói pra !@#$%ˆ&**&ˆ%$#@!
E dói, gente! Não venha me dizer que não dói porque dói e dói! hehehehehe! Mas, nada que você não possa suportar. Tem gente que suporta 30h de trabalho de parto, por que você não pode aguentar um mês com as dores no mamilo do bebê mamar. hehehehehe! Tá lá na academia, toda metida a poderosa, levantando supino com a camiseta dizendo: FECHA A CARA E  TREINA!, então, FECHA A CARA E AMAMENTA! hehehehehehehhe
Às vezes, o bebê não pega, fiquei muito tempo na maternidade com a Alice no meu peito, deitada em cima de mim, no meio das mamas pra ela sentir meu cheiro fedorento hehehehehe! Ai virou religião: de 3h em 3h a menina mamava. Sagrado! 6h, 9h, 12h, 15h, 18h, 21h, 00h, 3h... Tudo de novo. Que mulher, operada, de parto normal, aguenta isso? As que tem coragem. Porque, olha... Só muita coragem pra encarar. E vontade. Sempre li que "a amamentação começa bem antes do bebê por a boca no peito, começa na cabeça da mãe, começa com a paciência, com a tranquilidade (ainda que o bebê esteja esperneando. E por que ele está esperneando, quem sabe com saudade do lugar quentinho, cheio de agua, em que ele ficava se remexendo, que virou um berço?!).
Pensa: agora você é mãe e seu bebê tá chorando de fome. O que você vai fazer:
a) se desesperar e gritar pelo marido porque o bebê não para de chorar?
b) gritar pra mãe te ajudar a carregar o bebê porque você não consegue?
c) gritar pra alguém pegar o bebê no berço e dar de mamar?
d) levantar, calmamente, falar com uma voz calma e tranquila para o bebê se sentir protegido, sentar e dar de mamar.

Pois é! Sabe aquela coisa de: o bebê sente o que você tá sentindo? Aqui foi pura verdade! Logo no começo, eu entrava em pânico (não sou a mãe perfeita, aprendi experimentando tudo). Ai fui vendo que, se eu estivesse tranquila, na paz, de boas, Alice parava de chorar e mamava tranquila. Mas, se eu tivesse estressada de tanto choro, ou cansada demais, então ela esperneava ainda mais (até hoje é assim).
Pegava Alice do berço, sentava na cama, e ficava lá amamentando, fechando a cara e amando aquele momento. Quando cansava do quarto, vinha pro sofá. E minha grande dica pra quem ainda tem tempo, é investir numa poltrona ou cadeira de balanço, daquelas de macarrão da vovó, sabe? Vai ser ótimo. E uma garrafinha ou copo d'água do lado. Vai virar camelo, gata! Dá uma grande sede! Pode pensar em investir num travesseiro pra amamentação, depois, tu podes usar pra apoiar o bebê quando ele começar a sentar, parece uma meia lua.
Tem outras formas de dar e mamar, experimente essas formas, quem sabe você não acha um bom lugar.
Existem uns cuidados bons pra observar. Tá pensando que é só sentar e dar peito, é? Hehehehe! Fique atenta ao cocô. Se sair verde demais, é porque o bebê ou tá abocanhando errado o peito (tem que sumir na boca do bebê todo o mamilo, o pescoço é bom ficar um pouco inclinado e as bochechas têm que trabalhar bem, o conjunto da obra vai estimular o mamilo, que vai estimular a ordenha, que vai estimular teu cérebro a amamentar, que vai trazer paz e harmonia pro mundo inteiro. hahahhahahahha!
Quando a Alice tinha uns 5 pra 6 meses, o cocô vinha meio esverdeado uns dias, era porque Alice só tava mamando o leite inicial. Então comecei a tirar leite, na pia do banheiro mesmo, antes de dar o peito pra ela. Dava umas 5 boas espremidas nos bichos e depois dava ela. Pronto!
O leite materno é suficiente dos 0 a 6 meses porque sua composição tem inicialmente água, por isso sai mais transparente, pra saciar a sede do bebê e hidratá-lo, depois um leite mais branco e denso, que o alimenta. Por isso, cada mamada demora quase meia hora, ou mais para outros bebê.
O importante nisso tudo, é você ter paciência, tranquilidade. É fácil?! Não é! Tenha coragem! Pensa nos benefícios ou simplesmente se entregue pro momento mais lindo da maternidade. Parece que tu fica mais cheia ainda de amor! Aqueles olhinhos mamando, te olhando, como não amar?
A ordenha e o armazenamento do leite também podem ajudar aos bebês que ainda não se conectaram com a nova vida. Compre bombinhas, vendem em farmácias. Custam entre 15 a 150 reais. Comprem também saquinhos para armazenar, ou vidros para congelar. Não tá dando? A amamentação tá impossível?! Vá a um banco de leite que lá tem gente cheia de amor pra te ajudar. Várias amigas, aqui em Manaus, foram ao banco de leite ou ao Instituto Dona Lindu e vieram cheias de técnicas e amamantam muito bem. Lembre-se: não nascemos sabendo ser mãe. Temos a preparação física, biológica, sabe-deus-o-quê pra isso. Mas ser mãe, é UM DIA DE CADA VEZ.
Depois que ficou mais durinha, começou a rolar, ela inventava todas as posições possíveis para mamar. Em pé, sentada, deitada, queria o peito na cara dela, queria de todo jeito. hehehe! eu achava muito engraçado. Só não gostava quando ela puxava muito. rum! Também teve época em que era só eu tirar o peito que ela começava a gargalhar. Quem viu, lembra e morre de rir. Eu adorava esse momento. Outras vezes, Eu deitava no chão ou na cama e ela ficava de quarto (foto na montagem acima) fazendo quadradinho de oito! kkkkkkkkk
Se os peitos caem?! Minha filha, cai! Minha auto-estima muitas vezes ia passear bem longe daqui de casa. Tinha vergonha até de ficar nua na frente do meu marido porque aquilo era constrangedor. Principalmente quando ela mamava mais de um lado que do outro. E também fica tão duro e empinado, cheio de leite, que tu te sente a própria panicat! kkkkk! Quase um  mês já sem amamentar, e os bichinhos então normais, um pouco mais flácidos do que eram antes, mas sem me constranger, sem ser aqueles peito de véia. heheheheh! Estão, digamos, aceitáveis à minha auto-estima. hahahahahahahaha!

Mas, tem também as mamães que têm depressão pós-parto e não conseguem amamentar. Tem as mamães que, por mais que se esforcem, pulem mil vezes pra são longuinho, façam todos os experimentos possíveis, ou precisam voltar logo pro trabalho e não podem mais amamentar, não conseguem por um problema físico ou sei lá o quê... Enfim: vocês não são #menasmain. Vocês são lindas! Não tem problema nenhum dar leite artificial para seus bebês. O único problema é não amá-los e ser feliz com essa nova vida. Cada vez mais a indústria se esforça pra chegar o mais próximo possível dos benefícios do leite para os bebês. Converse com o Pediatra ou leia os rótulos para ver quais trazem mais benefícios ou experimente várias marcas pra ver qual seu bebê se acostuma mais. Conheço mãe que dá nan, aptamil, nestogeno e até leite ninho normal e tem bebês lindos e saudáveis.


Aqui em casa, a bandeira é:
look by tia Mary Fran


Alice mamou até o dia 26 de junho de 2015, as 3h da manhã. Depois disso, rum! DESMAME! Mas essa é uma outra história.

Beijos,
Até sábado!

sábado, 11 de julho de 2015

Cesárea x Parto Natural: quem é #menasmain?

Acredito que quando um filho é desejado, amado desde o primeiro momento ou amado a partir da convivência e com o tempo (para muitas mães que também amam seus filhos, mas ainda estão se adaptando a nova vida), há uma questão muito importante que deve ser levada em consideração POR TODAS AS PESSOAS AO REDOR DA NOVA OU FUTURA MÃE:

DIREITO DE ESCOLHA

Muito mais além da discussão entre "parto normal, natural x cesárea", muito maior e melhor que a discussão sobre amamentação. Muito maior que qualquer outro chaveto/pissica/argumento/chatice/menasmain que qualquer um ao redor pode opinar. Por isso, vou dividir nessa e na postagem futura, sobre as melhores escolhas que fiz: cesárea e amamentação.

Cesárea

Em um breve relato, até porque muita gente me perguntou desde a gestação sobre isso, digo que escolhi a cesárea porque senti mais segurança. Tinha medo das dores (e entrei em trabalho de parto e sei que foram bem maiores que esperava, mas também possíveis de aguentar pra quem tem vontade do parto natural), tinha medo da anestesia, contudo, várias pessoas já passaram por isso, por inúmeras razões e não conheci ninguém que apresentasse reação adversa. Tinha receio pela estética, por aquele corto horrível que fica em algumas mulheres - grande, com pontos retos e transversais.
Por esse medo todo, li tudo o que eu podia e não podia e achava e caçava sobre isso. Conversei com várias mães e médico e, depois de ter passado por uma cesárea por escolha e não por imposição do médico (até porque na hora do trabalho de parto, me foi uma opção), não vi nada além do que desconforto e inchaço (o que é normal pra quem teve filho, já que não é saindo o menino que a barriga vira barriga de modelo, tanquinho definido, né? Se esse não for teu biotipo, e não era o meu, esqueça! Eu já falei: não somos Kate Middleton kkkkkkkkkkkkk!
Anestesia entrou como um chocolate naqueles dias de abstenção por causa da dieta. Sabe o prazer e comer aquele brigadeirinhos ou de fazer aquele xixi depois de um tempo apertado? Égua! Amo anestesia. heheehehhehe! Fiz tudo muito direitinho de como me recomendaram. Fiquei calada o máximo possível para evitar gazes e outras complicações (pessoal que me chama de tagarela, feat Mariana, Catalão e companhia, hehehehehe, amaram). O ponto ficou ótimo, apesar de ter travado foi na hora de tirar por irresponsabilidade do meu obstetra, hoje tá lindo, fininho, branquinho, e por dentro, segundo a ultrassom que fiz 4 meses depois do parto, a única denúncia que fiquei grávida é o corte. Útero Perfeito.
No segundo dia de vida, quem andou com Alice no colo até o berçário para dar banho e trocar a roupa, fui eu. Em casa, o primeiro banho, e cada levantar para pegar Alice para mamar, foi meu. Ou seja, a cesárea não mudou em nada minha vida, praquele anúncio todo de que "parto normal, vc fica logo recuperada; cesárea você fica sentindo dor e demora e não pra que pra quantas e etc.".
A cesárea, como qualquer cirurgia, oferece risco, mas, dependendo da saúde da mulher ou do médico atendente, o parto normal também. Outro dia mesmo, uma mamãe perdeu seu bebê tão esperado, morreu ainda na barriga, porque na maternidade, disseram que ainda não era hora de nascer. Risco, existe pra qualquer pessoa, qualquer lugar. Acredito que, para evitar isso, é preciso escolher. Escolher como quer dar a luz, afinal, de acordo com a bandeira "eu sou dona do meu corpo", eu também sou dona do meu parto. Escolher um bom profissional, ter aulas, oficinas, sobre os partos, e estar rodeada de pessoas que transmitam segurança, carinho e amor. É tudo o que precisamos!
Contudo, para as novas mamães, a partir do mês de julho/2015 (ou seja, o segundinho não vem nem por vontade, nem contra vontade hehehêeehehehêhhee), a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estabeleceu novas regras para os partos no Brasil a fim de diminuir a quantidade de cesarianas. Portanto, conversem com o médico, pois o meu, seguindo minha escolha, me instruiu muito bem sobre os dois procedimentos.


Parto Normal

Segundo a Revista Galileu (6/7/2015), o parto natural é:

Como é feito: comum em hospitais e maternidades, com ou sem a aplicação de anestesia ou outras drogas, como as de indução. Divide-se em:
Semideitada: a mulher fica encostada na cama, erguida a 45 graus, com as pernas ou os pés apoiados em um suporte. A saída do bebê é facilitada pela força da gravidade
De cócoras: a mãe permanece agachada, com os pés no chão. Seu companheiro fica atrás dela, segurando-a pelas axilas ou com o apoio de barras de ferro ou cadeiras. O acesso do médico ao bebê é mais difícil porque ele nasce a apenas 15 cm do chão. O parto feito nessa posição é mais rápido e mais saudável para a criança
De lado: na cama, deitada sobre seu lado esquerdo, a mulher estende a perna esquerda e deixa a direita dobrada. No momento do nascimento do bebê, a mulher recebe ajuda para facilitar a abertura da perna. Nessa posição, não há pressão do útero sobre a veia cava. Isso evita a diminuição do recebimento de oxigênio pelo bebê
Na água: não é possível aplicar a anestesia, mesmo no hospital. A mulher fica em uma banheira, com água aquecida a 36 oC. O ambiente alivia as dores das contrações e o estresse, além de aumentar a irrigação sanguínea e relaxar a musculatura. Permite um nascimento mais suave e natural, porque o bebê continua envolto em água, como no útero da mãe. E ele não se afoga, já que ainda respira pelo cordão umbilical por pelo menos 20 segundos depois do parto
Parto natural ou humanizado: sem o uso de anestesia ou qualquer outra droga, é realizado em hospitais, casas de parto e até mesmo na casa da família. Parteiras ou doulas podem conduzir o procedimento. Galileu recomenda: sempre consulte seu médico
Por que é bom para o bebê: segue o processo natural. A criança nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. Outro beneficio é que o tórax do bebê é comprimido ao passar pelo canal de parto, o que faz com que ele expulse secreções das vias respiratórias, tornando-o mais adaptado a respirar, já que seu pulmão expande-se lentamente depois do parto
Por que é bom para a mãe: além do benefício psicológico, decorrente da satisfação em poder dar à luz naturalmente, a recuperação é mais rápida e são menores as chances de complicações, como sangramentos ou infecções, por exemplo
Quando não é indicado: quando a mãe ou o bebê apresentam problemas que recomendam a realização de um parto cirúrgico - se a mulher tiver hipertensão ou diabetes, por exemplo.


POR ISSO... De acordo com a sua própria ESCOLHA:

Você não é menas main!
Você foi cortada! Anestesiada! Você, enfrentou horas de trabalho de parto, numa sala com várias pessoas vendo o teu melhor momento. Você superou a vergonha e teve o filho da melhor forma possível. Você é a sua MELHOR escolha! Escolha!



Beijo, Gente!
Até quarta ;)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Um mês de Alice que ainda não era uma Fera

Voltamos pra casa e eu só queria agradecer a Deus por um serzinho tão lindo e saudável, apesar de ser tão pequena e magrinha. Acho que essa foi meu maior desafio a ser superado nesses primeiros dias. Chorava tanto no banho de sol, em que ela ficava só de fraldinha e dava pra ver cada venha e o desenho de cada ossinho. Eras! Dá muita agonia. O bom é que ela cresceu e engordou mais muito rápido. Com um mês dobrou o peso que ela nasceu. E nem teve essa de nasceu e não ganhou muito na primeira semana. Em 7 dias já tinha engordado uns 330g. Bom, né?


Acho que doía mesmo era vestir as roupas e nenhuma servir direito. hehehehe! Ficava like bereré com as calças no peito hahahaha! Tadinha da minha filhinha. Por isso, minha dica é, dependendo do tamanho na ultrassom, comprem roupas adequadas, apesar de já ter feito o enxoval. Se eu soubesse... Toda grávida de primeira viagem passa por essas "se eu soubesse", então vocês já sabem porque eu tô falando pra vocês kkkkkkkk

A primeira semana da Alice também foi legal porque Papai e família estavam aqui. Mais babão que ele, impossível!
Com 7 dias, peguei balão do médico que não tirou os pontos, fizemos o teste do pezinho e aproveitamos para o registro. Primeira vez que saímos de casa. Passeamos na casa da dinda Mari e,
De quebra, Alice conheceu tia Bethe, irmã da mamãe.

Mamãe, Tia Kátia e Tia Mírian ainda mandaram mais coisas pra Alice. Entre as melhores, roupinhas pequenas que, enfim, deixavam minha filhinha com roupas adequadas pro tamanho hehehehehehe

Essa foto... Te contar, né?! Antes não tivesse tirado haahahahhahaa! Mais um dos registro tipo: "passa nove meses na barriga da mãe pra sair a cara do pai".
Aí, com uns 20 dias as bochechas já apareceram. Cabô rosto fininho, chegaram as bochechas!
 A pessoa mamava, se esbaldava, e dormia...
E dormia...
Quando meu médico deu alta por telefone. Mereço?! Recomendou que eu tomasse cefalexina. Voltei pra casa, comecei a tomar e a Alice já dormia mais que o normal... No hospital, depois que ela começou a mamar, acordava esgoelando a cada 3h exatas. Depois que voltamos pra casa, eram 4h, às vezes 5h. Aquilo começou a me agoniar. Depois de muito choro por não conseguir acordá-la, e por levar na cara que bebê dorme e eu estava paranóica, o apurado sexto sentido me disse que era o remédio. Parei de tomar e minha nhenhem voltou a rotina normal. Dica: Observem seus bebês. Eu sei que vocês estavam ou estarão cansadas, querendo dormir e que é ótimo um bebê dormir tanto assim. Não é! Enquanto RN, é preciso ser alimentado a cada 3h ou 4h para manter o nível glicêmico e todas as outras explicações médicas que aqui não cabe. Mas, observem a rotina dos bebês. Enquanto você amamenta, isso é muito importante, pra prevenir, inclusive, o segundo mês, quando começam as cólicas.

O segundo desafio do primeiro mês de vida da Alice foi ter quase perdido o papai no susto. Alice acordava de três em três horas pra mamar e, lá pelas 3h da manhã, eu sempre fazia um mingau de aveia porque a fome era imensa. Como eu tinha fome!!!!
Acordei e o papai não tava na cama. Tava na sala, com dores no peito. Aquelas mesmas dores que, em Parintins, quase que há pelo menos um ano ele estava sentindo, mas que em julho/2013 aumentaram. Ele sempre ia pra sala, tomava água, ficava quieto, sentado, e as dores passavam. Dessa vez não passou. Dessa vez, Alice estava no meu colo, estávamos na cama, ele voltou pro quarto e o braço dele quase acerta nós duas. Isso estava estranho. Deixei a Alice no berço e ele levantou pra ir ao banheiro. Lá, caiu pela primeira vez desmaiado. Meu desespero foi tamanho que corri pro vizinho e apertei a campainha, umas 4h da manhã, até acordarem. Chamamos o Samu que enrolaram no atendimento, mas apareceram. Enquanto isso, ele acordou, tomou banho e... caiu pela segunda vez. Tava ferido, machucado e apagou. Ficou gelado e eu (agora ele não me enche mais o saco de assistir grey's anatomy hehehehehehe) larguei um grande murro nas costas e ele voltou.
Fico pensando... Já pensou no pior?! Pois é. Eu não pensei. Eu não chorei. Eu estava tensa. Querendo que o Samu chegasse. E chegou, ele já estava acordado e só esperando pra ir pro hospital. Sozinhos, o vizinho, Seu Paulo, foi conosco pro hospital e fez as vezes de babá enquanto eu entrava na enfermaria. Agora sim, dá vontade de chorar. E agradecer a Deus por ter me dado forças, apesar dos 30 dias de cirurgia. Apesar do desgaste desses mesmos 30 dias das noites mal dormidas e dos dias cansativos. E da paciência e boa vontade dos vizinhos em nos ajudarem. Desde então, são os avós que a Alice não tem por perto. 


Alice, nessa foto, estava no hospital. Caminha e dormindo. No deu nenhum trabalho. Ficou dormindo, quietinha, pra mamãe poder cuidar do papai.

Pra ser mãe é preciso coragem. E se você não tiver, você vai desenvolver. Somos tomadas por sentimentos inúmeros. Não se entregue a: não vou conseguir, preciso de ajuda, não aguento sozinha. Você aguenta! A cruz é do nosso tamanho. O amor que vem de tudo isso é muito maior.

Me orgulho imensamente de, mesmo com diarista, mesmo com uma empregada que não durou 15 dias aqui em casa pela lerdeza, eu consegui. Dei o primeiro banho, troquei todas as fraldas, dei todas as mamadas, enfrentei uma doença e tudo isso, pelo amor, e por essa carinha, cheia de bochecha que agora estava em nossas vidas. Te pergunto, então:



Como não ter coragem para tudo, olhando essa carinha linda dormindo?

Beijosss,
Gente! Até sábado ;)